ENTREABRAÇOS...
Como asas de colibri
freneticamente
a natureza inflama
viva, vibra,
“entreabraços”
entumece,
estremece
em pulsante frenesi.
Bocas amordaçada
calam-se
submersas em devaneios,
em convulsões submissas,
dominadas.
Beijos ardentes
proibidos,
causticantes
sentimentos enclausurados
explodem.
Seios palpitantes,
oculto-desnudos
implodem amantes
em transe liberados.
Assim fragilizados
esmorecem
e como asas do cuitelo
em mil pulsações
pairam
eternamente saciados.
ENTRELABRAÇOS...
ENTRELAÇOS...