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NATUREZA

Um grito, todos os gritos

há muito tempo guardados,

muro erguido, derrubado,

pede terra o povo aflito.


É viver o leviano,

peitar sonhos,

tropeços aqui,

tropeços acolá.

Um barco de vela branca

no mar revolto

a navegar,

quando o amor acontece,

infinitamente belo.

Escrava de seu destino,

toda mulher mergulha firme

no desfrute deste prazer.

Cada momento

é o aprimoramento do ser.

- tento ser feliz.

Mas tudo é o passageiro:

o amante, o companheiro,

os corpos que se anulam

no encantamento

dos sonhos.

A Natureza!

É viver o leviano,

peitar sonhos.













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