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  • Maria José Menezes

Com brasões de seu país,

Coutinho aqui chegou

e com tiros de canhão,

os índios espantou.


Ele foi chegando, foi chegando

e a terra conquistou


No dia 23 de maio,

Os navios ancorou

Ele foi reagindo

e a terra conquistou.

Uma igreja foi construída

A nossa Senhora do Rosário.

A Santa imagem conduzida

Serviria de relicário.

Muitas casas foram feitas,

A terra foi cultivada,

Muitas formas de labor

Vila Velha foi formada.

A catequese dos índios,

aos jesuítas encarregada,

rendeu marcas sensíveis

e foi por Deus abençoada.

Frei Pedro Palácio,

espírito iluminado,

deixou seu nome escrito

na história do nosso estado.

O Convento da Penha

foi por ele idealizado,

ficou cada vez mais forte

no coração do capixaba.

Vila Velha força e raça

Dos primeiros colonizadores

Homenageia com orgulho

Seus grandes valores.

Coutinho, Pedro Palácios

Luiza Grimalda em memória,

Coragem e fé cristã

Fizeram nossa história.


  • Maria José Menezes

Amar a vida,

amar a natureza

são emoções contidas

na arte de saber amar.



Sobre uma mesa preparada

com linho branco forrada,

um corpo adiposo exposto

com pessoas ao seu redor

para um trabalho de gosto.

Ferem - lhe o ventre, e

de suas entranhas é extraído

um corpo inerte.

Nomearam – lhe semente.

Tem vida, sim senhor.

É função genética, afirma a ciência.

É ainda uma criança, ensina o professor:

em ambiente adequado terá pleno desenvolvimento,

surgirão protuberâncias com adorno verdes, folhinhas e,

se tratada com carinho, se tornará em tempo

árvore frondosa, gigante.

Sob sua copada brincarão crianças

em manhãs ensolaradas.

Nas tardes outonais, em meio ao crepúsculo,

guardará, em silêncio, segredos dos amantes.



O amor é beleza,

fonte natural

de vida, continuidade.

Força essencial

na salvação da humanidade

da própria natureza

quase agonizante.



As árvores se vestem de outono,

um bando de sabiás,

outras aves, muitas delas

renovam suas presenças

na mais alta laranjeira do quintal.

Um cantar em minha janela!

Um sabiá brejeiro canta,

e seu canto tem a essência pura

da goiaba e da laranja,

e de outras de igual sabor.

Certo dia, o sabiá deixa o galho,

saúda os companheiros,

e feito peregrino voa distante

à procura de maior liberdade.

O incauto senhor do espaço voa

sobre ondas do mar, conhece

um mundo novo de imensidão,

um céu sem limite para voar.

Alcança o universo num abraço.

e depois dança o sarau das nuvens,

canta o poema dos ventos

em majestosa sinfonia

ao Eterno,

à expansão da vida, tal filho pródigo.

Um jovem em busca de afirmação,

um aprendiz na larga avenida

dos sonhos e aventuras.

Meu pássaro brejeiro!

Esperei, você voltou, com seu canto

nas manhãs ensolaradas,

mas sua plumagem cansada

E no pezinho um anel da perda da liberdade.


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