Saudade é perfume que ficou
A história conta que Itaúnas era habitada pelos índios Aimorés, expulsos dos seus domínios pelos lusitanos que moveram impiedosa perseguição, tomaram deles os bens e incendiaram suas aldeias.
Os povos remanescentes se refugiaram nas matas indefesos, sem abrigos.
O pajé amaldiçoou o lugar. “Desaparecerá coberto de areia” sentenciou o feiticeiro indígena.
Indiferentes, os invasores devastaram florestas, construíram casas, uma igreja foi construída, um povoado apareceu auspicioso.
Ninguém mais se lembrava da maldição, quando as areias iniciaram sua marcha avassaladora, devagar... devagar, continuamente foram cobrindo ruas, casas, igreja e tudo mais, avolumando cada vez mais.
Hoje, imensas dunas, testemunhas de sofridos prantos, de vidas arruinadas, e sonhos desfeitos, representam grotescamente o mais belo, o mais impressionante espetáculo os olhos e que nossa sensibilidade são capazes de registrar.
Itaúnas hoje é um novo povoado à direita do rio, que corre caudaloso rumo ao mar. A localidade é referência turística nacional. Está situada ao norte do Estado Espírito Santo.
Que honram nossa história.
Tereza Grimaldi em memória.
Na história de nosso Estado.
Berço de nossa civilização.
Protegida pela Virgem da Penha
A natureza é ouro e prata.
Num canto justo de glória
Lhes sou eternamente grata.