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  • Maria José Menezes

Joãozinho desce o morro

Diariamente,

Segue rumo certo

Pelas ruas da cidade

Diariamente,

Volta ao morro

Levando uns trocados

Ganhos honestamente.

Era véspera de Natal

Lojas enfeitadas

Brinquedos, não sabe a conta

Percebe deslumbrado

Ter um dia especial

Muita chuva o castiga

Roupa molhada

Joãozinho se abriga

No vão

De uma porta fechada

Ali passa a noite

Corpo cansado, friorento

Alcança o morro

Uma febre doida

Lhe roia por dentro

Sem ver realizado

Seu sonho de natal

Tantos outros sonhados

Joãozinho não resistiu

Sem apoio, sem cuidados

Vítima de Natal

De um sistema incoerente

De ajuda e proteção

À criança carente.

  • Maria José Menezes

Homem do campo

Bandeirante anônimo

Raiz, pedra, chão

Por tal esforço erguido

Alto bem alto

Quem sabe a Deus

Quem sabe?

De um trabalho árduo

De uma paixão dedicada

Surge a terra

Panorama

Menina dos olhos seus

Dama

Ah! Recanto de águas mansas

Aprazível Fazenda

Fantasia de criança

Homem do campo

Bandeirante anônimo

Raiz, pedra, chão

Relembrança,

Emoção.

  • Maria José Menezes

Deus, infinita sabedoria

Em momento de contemplação

Em êxtase de esplendor

Fez o coração de mãe

Fonte eterna de ternura

Carinho todo inteiro

Templo abnegado de amor

Profundo, verdadeiro

Renascendo a cada dia

Sem dúvidas, sem incertezas.

O mais puro dos sentimentos

Nada o abate, nada deprecia

Capaz de vencer o próprio tempo

Esse amor mãe querida

É farol de maior brilho

Que orienta e ameniza

O caminho dos seus filhos.

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